Passeando com Hopper em New York
Edward Hopper nasceu em 22 de julho de 1882 em Nyack, estado de Nova Iorque. Pintor, artista gráfico e ilustrador. Morreu em 1967, no seu estúdio próximo ao Washington Square Park, na Cidade de Nova Iorque. Casado com a também pintora Josephine Nivison, que após a sua morte, doou seus trabalhos ao Whitney Museum of American Art. Podemos encontrar muitos de seus quadros no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, no The Des Moines Art Center, e no Instituto de Arte de Chicago.
Josephine e Hopper, 1927
Atelier e escritório de Hopper na Washington North, Nova Iorque
Meu objetivo nesse artigo, não é a biografia do Hopper e sim o passear com ele em Nova Iorque, cidade que ele retratou inúmeras vezes. Darei algumas pinceladas sobre o seu trabalho.
Hopper admirava os impressionistas franceses: Manet, Degas e Caillebotte. De uma certa maneira Hopper é um dos primeiros representantes da família dos naturalistas fantásticos.
Naturalista porque exibe diversos aspectos da vida moderna, um mundo mecanizado, técnico , que não tem vergonha da sua fealdade, mas onde os habitantes só ocupam uma porção marginal e sempre demonstrando uma espantosa passividade.
Fantástica por causa de uma qualidade muito particular de emoção que sentimos ao olhar seus quadros.
Seus personagens estão sempre distantes como se vivessem em outro mundo.
Eles estão voltados para os seus vazios, nada tira a sua concentração, sua atenção e tão pouco a sua indiferença.
Pode se imaginar, mas não há como captar seus olhares e tentar entendê-los, nem os seus gestos autômatos. Suas posturas são rígidas.
Olhares que não se cruzam, não se comunicam.
Os quadros de paisagens e feitos fora de ambientes me parecem que são testemunhas de uma época, de um modo de vida dos anos 30 nos Estados Unidos.
Olha-se mais longe , olha-se mais perto, olha-se dentro, para tentar intuir o que se passa naquele tempo parado ou se acabou de acontecer alguma coisa. Existe um segredo e não há pistas concretas, nossa sensibilidade e nosso estado de espírito podem nos levar à alguma interpretação…talvez.
Suas obras tem um poder intrigante.
São aquela pequenas tragédias íntimas que acontecem diáriamente nas nossas vidas e na vida dos outros.
Luz e sombra, elas estão sempre lá….. e gritam.
Yonkers , 1916
Room in New York, 1940
November Washington Square
Room in Brooklin 1932
New Steet Corner (Corner Saloon),1913
New York Restaurant, 1922
The Manhattan Bridge
The Nighthawks, 1942. O mais famoso quadro de Hopper.
The Night Windows, 1928
New York Movie, 1939
Rooftops in Washington Square
The Sheridan Theater,1937 (Greenwhich Village)