Museu Jacquemart-André. A história de Nélie e Édouard (Parte I)

Museus

Antes de mostrar algumas fotos do  acervo de um dos mais bonitos museus em Paris, o Museu Jacquemart-André, vou contar a história de Nélie Jacquemart e Édouard André. Graças a união desses dois personagens fantásticos, podemos agora usufruir do seu bom gosto e da preservação de uma parte importante da História em todos os campos. É definitivamente um brinde à Cultura!

Paris 2015 - Museu Jacquemart André - Fachada - reduzida

A primavera de 2015 em Paris me trouxe além do colorido, do perfume das flores, do céu azul Matisse, a convivência deliciosa com um casal que adoro e que nos levou a conhecer o Jacquemart-André, museu que desconhecia. Paris tem sempre algo a nos oferecer.

Havia também no Museu Jacquemart-André uma grande exposição “De Giotto a Caravaggio” da qual falarei em outro artigo.

Vou dividir esse artigo em dois: A história do Casal com um passeio pelo Museu e depois na segunda parte apresentarei algumas obras que pude fotografar e lançarei mão das ferramentas do Google para também buscar mais qualidade.

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“O museu Jacquemart-André, é um museu privado que pertence ao Instituto de França (Institut de France) localizado no no 8º arrondissement de Paris   no boulevard Haussmann 158. Este palacete luxuoso foi concebido pelo arquiteto e decorador Henrique Parent (Henri Parent) entre 1869 e 1875, por encomenda de Eduardo André (Édouard André), herdeiro de uma das duas maiores fortunas da França durante o reinado de Napoleão III. Para esse efeito, comprou um terreno de 5 700 m2 pela soma considerável de 1 520 000 francos. De facto Eduardo pediu ao arquiteto, que lhe construísse o hotel particular à volta da Grande Sala em rotunda, cujas boiseries (apainelamentos) ele já possuía. Provinham do hotel particular de Samuel-Jacques Bernard (conde de Coubert), demolido devido à regra de alinhamento das fachadas nas novas avenidas e boulevards decretada pelo barão Haussmann. A dimensão das salas na ala esquerda foi condicionada pela necessidade de enquadrar as tapeçarias “russianas”, que também já tinha adquirido.”

O museu foi inaugurado em 1913, logo após a morte de Nélie Jacquemart, viúva de Édouard André e apresenta a coleção de obras de arte reunidas pelo casal, entre 1864 e 1912.

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Nélie Jacquemart (auto retrato) e Édouard André

Quando entrei no Museu Jacquemart-André, percebi logo de início que a antiga residência situada no número 158 do Boulevard Haussman, foi concebida à imagem e semelhança de seus proprietários: Édouard André e Nélie Jacquemart. Reuniram um patrimônio único em obras de arte que foi e é símbolo desse casal atípico.

A história do casal André fascina e seduz. Todas as esculturas, os quadros, os objetos de arte e da História faziam parte de um projeto comum do casal que era reunir obras refinadas e excepcionais. Conseguiram!

Vou contar um pouco dessa história e entremear com as fotos do museu e suas maravilhas.

Jean-Baptiste Pigalle (1714-1785) La tireuse d’épine, 1780

A arte sempre esteve presente na vida e na bela residência de Édouard, mas o casamento com Nélie Jacquemart  em 1881, vai transformar totalmente a vocação desse belo endereço. Nélie converteu o seu marido a uma busca incessante de obras de arte, particularmente pinturas e esculturas italianas.

Mesmo após a morte de Éduard em 1893, ela continuou a enriquecer o seu acervo.

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Tiepolo fresco by the graceful staircase

Em 1912, Nélie Jacquemart legou todo o seu patrimônio ao Institudo de França: a casa em Paris, a abadia de Chaalis e toda a preciosa coleção que estavam nessas duas residências, deixando assim o seu nome entre os mais generosos mecenas da França que abriram ao público os seus tesouros.

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Portrait of Édouard André (1857), by Franz Xaver Winterhalter

Edouard André nasceu em 1833, vindo de uma dinastia abastada de banqueiros protestantes. Em 1433 a família André vivia em Vivarais, dentro do cantão de Largentière.

Em 1600, dois anos depois que Henrique IV reconheceu pelo Édito de Nantes a existência na França de uma Igreja Protestante, David Andrés, o caçula do ramo mais antigo dos André, decidiu deixar o campo, instalou-se em Nîmes e penetrou na rica nobreza da cidade através do seu casamento com uma jovem aristocrata.

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The Study

 

Pulemos então alguns séculos e vamos encontrar em 1801, o já banqueiro Dominique André que se instala em Paris e compra para sua residência o Palácio de Ligne que ficava na rua dos banqueiros que irão acompanhar Napoleão na sua ascensão. Dominique instala os seus escritórios na rua Cléry. Associou-se ao seu sobrinho François Cottier e juntos entram nas maiores operações bancárias que irão se desenrolar durante o Império e a Restauração e também em vários outros grandes negócios, afirmando assim a hegemonia de um banco protestante no desenvolvimento econômico da França durante a primeira metade do século XIX.

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The Tapestry room, foto de Claudia ATVG

 

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The Tapestry room, foto Claudia ATVG

Em 1832, André e Contier acharam que era melhor reforçar o laço que os unia, por um casamento que seria o de Ernest André, o terceiro filho de Dominique, com Louise Mathilde Cottier, filha de François. O único filho dessa união seria Édouard que além de herdar essas duas maiores fortunas da época, teve também como herança a cultura do espírito e o amor pela arte.

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Jardim de Inverno ao fundo e as famosas escadarias

Inspirada pelos ideais de Saint Simonian e bonapartistas, a família sempre desempenhou um papel fundamental nos mais importantes acontecimentos da época, financiando e dando suporte ao Regime e ainda ajudando a catapultar a França para a Idade Moderna.

A mãe de Édouard morreu quando ele tinha dois anos e sua madrasta Aimée Louise Gudin, que era filha de um herói do Primeiro Império foi quem o apresentou à memória épica de Napoleão Bonaparte.

Com 18 anos ele ingressa na Academia Militar de Saint- Cyr, qualificando-se como oficial do batalhão de elite e a serviço pessoal de Napoleão III. Embora tenha desempenhado um excelente papel militar com registros elogiosos ao seu desempenho, notou-se também a debilidade em sua saúde, fato esse que o acompanhou durante toda a sua vida. Édouard era um homem muito bonito e sedutor.

Deixa a carreira militar em 1859 e entra na política em 1864.

A Guerra Franco-Prussiana e a derrota de Sedan fez cair o Império. Édouard, patriota que era, continuou em Paris e se alistou na Guarda Nacional para defender a capital.

As responsabilidades maiores do Banco eram exercidas pelo seu primo Alfred-Louis André que desempenhou um papel importante na administração parisiense durante a siége, e participou na negociação e no pagamento da indenização de guerra exigida pela Prússia.

Desapontado com a desunião que reinava entre os partidos conservadores, ele se retirou da vida pública onde também desempenhou um papel de destaque, e devotou todas as suas energias para as Artes.

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O Grande Salão, foto de Claudia ATVG

Na Paris já redesenhada por Haussmann, ele marcou bem o seu lugar nos anos que se seguiram ao apogeu do Segundo Império. La “plaine Monceau” virou o quarteirão da moda da aristocracia financeira, onde seus membros exibiam a beleza e opulência de suas residências marcadas pela nova arquitetura. Lá estavam as famílias dos banqueiros Rothschild, Pereire, a Princesa Mathilde e outros mais.

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Ele encarregou o arquiteto Henry Parent de construir uma mansão digna de ficar entre as mais espetaculares da época. Para a inauguração oficial do seu novo endereço no dia 30 de maio de 1876, Édouard abriu seus salões para um grande baile que foi consagrado como um grande evento na sociedade parisiense. Todas as celebridades da moda e da elegância estavam presentes. Todos os convidados ficaram maravilhados com as escadas e o seu improvável equilíbrio, o esmero e a riqueza dos materiais empregados na construção e na suntuosa e escolhida decoração para cada um dos cômodos.

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Teto da Galeria dos Músicos pintado por Pierre-Victor Galland (1822-1892) O Triunfo de Apolo, 1872.

A união desses dois personagens vindos de mundos tão diferentes foi uma surpresa para a alta sociedade parisiense e para os cronistas da época. Eles não sabiam que ao mesmo tempo que o solteirão milionário que organizava festas suntuosas no seu palácio do boulevard de Haussman, também posava diante de um jovem retratista da moda. Isso acontecia ao longo do ano 1872.

museu Jacquemart The Jacquemart-Andre Museum - Music
Salão de Música

Nélie Jacquemart tinha trinta anos quando conheceu Édouard André e já era famosa nos meios parisienses como retratista, sua arte era sólida e elegante. Em idades diferentes Édouard já havia posado para os dois irmãos Winterhalter e depois para Carpeaux. Resolveu escolher para o seu quarto portrait uma artista da nova geração recomendada por seu primo Maurice Cottier.

O quadro foi apresentado no salão de 1874 e nos mostra o banqueiro com seus trinta e oito anos, uma silhueta majestosa, um olhar voluntarioso. A sequência dessa relação continuou um mistério.

museu jacquemart Le salon des peintures
Le salon des peintures

Nélie antes de Édouard.

Um homem da categoria de Édouard só poderia casar com uma mulher do mesmo status social, era o que se esperava na época. Isso foi colocado em questão e por razões que nos escapam, o casamento foi considerado por muitos como o enlace da cabra com o repolho, da carpa com o leão, só para significar que nada havia de comum entre eles. Ela era confessadamente católica e suas convicções políticas eram totalmente alinhada com os Orleans.

museu jacquemart Nélie, André Jacquemart - Autoportrait Présumé
Auto-retrato

Além de tudo essa jovem mulher não pertencia à melhor sociedade e nem possuía qualquer fortuna. O mistério que envolvia essa união, e a vida que ela levou antes do reencontro com Édouard André se explicam por várias razões e é onde a personalidade de Nélie Jacquemart se faz marcante.

Em 1912, algum tempo antes de sua morte, ela passou um tempo a organizar e classificar toda a documentação que envolvia as coleções dos museus. Esses papéis constituem hoje em dia, a base do nosso conhecimento e estão integralmente conservados. E ao contrário do que se pensava, não foi encontrada nenhuma correspondência pessoal, nenhum convite , nada de lembranças de caráter pessoal, tudo havia sumido, como se ela quisesse que qualquer traço particular de sua história desaparecesse e só ficasse legado à posteridade aquilo que aos seus olhos poderia ter valor, suas coleções.

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Salão das Esculturas, foto de Renzo Grosso

Há muitas lendas em torno de Nélie Jacquemart. Sabe-se de sua data de nascimento, mas pouca coisa sobre seus pais. Tudo a respeito dela são apenas conjecturas. Um exemplo destas são parte de seus bens apresentados na época de seu contato de casamento e que apresentava uma enorme soma em dinheiro e em títulos digna de uma futura mulher de um grande banqueiro. Mas com uma pesquisa mais acurada recentemente soube-se que esses títulos pertenciam ao pai de Édouard André e que foram passados para Nélie como dote acordado entre ela e sua futura família. A única certeza que temos é que Nélie Jacquemart nasceu dia 25 de julho de 1841, pobre e em uma família muito modesta.

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The dining room, foto Internet. Onde agora fica o Café Jacquemart-André

Quiseram dar a Nélie à princípio uma origem muito mais glamurosa até com a pretensão de sangue azul, mas a verdade é que os primeiros quinze anos de sua vida são totalmente obscuros.

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The Boudoir, foto internet

Surgem em 6 de fevereiro de 1851, os seus primeiros traços na l’illustration, eram duas litografias assinadas por Nélie Jacquemart  logo após os desenhos de Léon Coignet, artista renomado, professor da escola de Belas Artes e membro da Academia.

Em 1863, ela envia alguns de seus trabalhos ao salão. Um ano depois aparece como professora de desenho em uma escola de Paris, embora só pudesse conseguir esse posto através de uma indicação. Em 1864, Nélie recebe encomendas de pinturas para ornamentar a igreja de “Saint Jacques du haut pas” e também “Notre Dame de Clignancourt”, e também envia para a igreja de Suresnes um grande quadro “Les Disciples d’Emmaüs. Na realidade ela segue o mesmo caminho tradicional de todos os jovens artistas do seu tempo, mas esses seus primeiros passos são logo abandonados por uma produção mais fácil e onde podemos supor que ela teve uma melhor notoriedade: o retrato. Esse gênero de pintura oferece uma dupla vantagem, além de não oferecer riscos como permanecer equilibrada nos andaimes nas alturas com as pinturas em igrejas, ainda a colocava em contato com os representantes de uma sociedade mundana e influente. Nesses dez anos que vão de 1868 a 1878, Nélie é considerada uma das melhores e mais apreciadas retratistas da época.

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Quarto de Nélie, foto Renzo Grosso

Um dos seus primeiros trabalhos foi o retrato de Geneviève Bréton, a filha de um grande editor parisiense. Tornaram-se grandes amigas e essa amizade foi muito vantajosa para Nélie porque a aproximou de muitos escritores e artistas que se tornaram seus amigos. Seu círculo de amigos foi crescendo e ela ascendendo socialmente. Nesse momento de sua vida surge Mme. de Vatry que tem por Nélie um sentimento quase maternal e a tem sempre como uma convidada permanente na sua grande propriedade em Chaalis e ainda oferece um lugar para Nélie trabalhar. Seu atelier de pintura é montado em uma edificação ao lado, um velho moinho. Nélie se faz notar por um comportamento excêntrico diante dos convidados habituais de Chaalis, representantes de uma sociedade aristocrática e com ritos e códigos sociais de uma outra época. Ela se aproxima do Conde d’Eu, neto do rei Luis Felipe e será convidada ao castelo Chantilly e logo qualificada como “paintresse” pelos irmãos Goncourt.

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Salão de Fumoir, foto Renzo Grosso

Embora vista por muitas como uma “social climber”, seu talento não poderia ser colocado em dúvida. Nélie era extremamente requisitada para retratar os maiorais da época. Ela era uma celebridade. Foi nesse momento de sua vida que Maurice Cottier, primo de Édouard André, que ela já havia conhecido anteriormente lhe propõe um contrato muito simples: que ela se ocupasse de Édouard, o impedindo de se deixar morrer (Édouard sofria de gota e esteve à beira da morte), que se possível o salvasse de tudo e de todos que o cercavam, esses falsos amigos e amantes que drenavam sua saúde e o seu dinheiro, aproveitando-se da sua fragilidade física e psíquica. Em troca disso ela se juntaria a uma das famílias mais ricas do país e ainda com um dote irrecusável, todas as portas se abririam para ela. Ela aceitou.

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Quarto de Edouard André, foto de Renzo Grosso

O objetivo dos dois primos Alfred André e Maurice Cottier era salvar Édouard de uma vida de prazer marcada por amores mais do que mercenários, e ao promoverem essa “mésalliance” preservariam as heranças das famílias André e Cottier da qual Édouard era o único depositário. No contrato do casamento já se acordava que em caso de morte de Édouard, Nélie Jacquemart não teria direito algum herança, por isso o dote dado antes do casamento e previa também que todas as jóias e os presentes dados pelo marido voltariam para eles. O contrato foi assinado com a total separação de bens. Durante a vida, Édouard André simplesmente iria usufruir da fortuna que era administrada por sua família. Em caso de morte, essa mesma fortuna voltaria para os seus primos, isso excluía qualquer pretensão de Nélie Jacquemart.

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Banheiro de Edouard André, foto de Renzo Grosso

O mesmo notário desse contrato convocou toda a família na ocasião de sua morte, os quais compareceram com toda uma tranquilidade de espírito e qual não foi a sua surpresa quando descobriram um testamento recebido alguns dias antes da morte de Éduard, modificando radicalmente o anterior, com suas últimas vontades a serem cumpridas e legando todos os seus bens à Nelie Jacquemart.

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Sala Florentina

Foi contestado evidentemente, mas o julgamento foi totalmente favorável à Nélie e todos os seus direitos respeitados.

Em um episódio pouco conhecido, Nélie pegou a sua caneta e endereçou uma carta a “seu primo” pedindo que todo o dinheiro de Édouard André que estava nos cofres do banco da família fosse transferido para o banco dos Rothschild.

Por que essa mudança no testamento? Será que foi para proteger a sua esposa que Édouard André o modificou ou para evitar as dificuldades que poderiam surgir?

Na realidade um sentimento mais profundo surgiu e se solidificou com o correr dos anos, haja vista o início do testamento entregue ao notário que começava com essas palavras: “À minha querida e bem amada esposa…”. Houve entre o casal uma ligação muito maior do que era previsto por contrato e real. Uma testemunha cotidiana da vida em comum do casal, o secretário particular de Édouard André, sempre salientou o equilíbrio recuperado do patrão e todos os gestos de respeito, admiração e carinho do marido pela esposa.

Se por acaso houver opiniões contrárias a um sentimento mais pessoal, ninguém pode duvidar que a ligação mais forte e um companheirismo que transformou a vida dos dois foi sedimentada no amor de ambos à arte.

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The Venetian Gallery, foto Internet. No teto:L’allégorie des sciences, Chardin

 

Fim da  primeira parte, seguirei no próximo artigo com as obras de arte do Museu Jacquemart- André.

 

 

 

4 comments

  • Claudia,
    Concordo inteiramente ,o museu Jacquemart-André ,é um dos mais bonitos de Paris !
    Elegante , charmoso,traduzindo tão bem o savoir- vivre do casal !
    Parabéns pelo seu excelente artigo ,principalmente pelos fatos biográficos, que para mim foram inéditos e enriquecedores.

    • Sua opinião sempre será importante para mim. Muito obrigada!!

  • Que matéria excepcional Cláudia! A história desse casal daria um filme, e que filme, que fotografia, que tesouros em arte!
    Já tive esse museu na lista de visitas mas não houve oportunidade, espero ainda vir a realizar.
    Adorei! Merci!

    • Mirna, eu tenho certeza que você concordará comigo na ocasião de sua visita quanto ao quesito beleza, elegância e história desse museu. Nunca vi tanta obra de arte de qualidade reunida em um palacete que outrora seria particular. Merci!!!!

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